Evento aconteceu no fim de semana e destacou a inclusão e o desenvolvimento tecnológico na educação
Por Bruno Grossi, Ascom/SEEDF e Samira Pádua, Sistema Fibra
Nos dias 6 e 7 de dezembro, o Sesi Taguatinga Norte foi palco do Torneio Sesi de Robótica First Lego League Challenge (FLLC), competição que desafia estudantes a usar criatividade e raciocínio lógico na resolução de problemas e na programação de robôs. Com entrada gratuita, o evento destacou a inclusão e o desenvolvimento tecnológico, reforçando o compromisso com a educação STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) entre os alunos da rede pública do Distrito Federal.
Para a gerente de Atendimentos Educacionais Especializados da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), Lucilene Barbosa, competir é uma oportunidade a mais para o desenvolvimento dos estudantes. “É um momento riquíssimo de aprendizagem. Os estudantes têm a chance de desenvolver suas habilidades cognitivas e abraçar esses desafios”, resumiu a educadora.
O projeto representa uma parceria técnico-científica entre a Secretaria de Educação e o Sesi, que promove a robótica educacional como ferramenta de formação para estudantes atendidos nas Salas de Recursos das escolas da rede pública de ensino. Além disso, o Sesi garantiu o acompanhamento técnico das equipes, organização do festival e a alimentação dos participantes durante o evento.
Escolas participantes
Das 30 equipes que participam do torneio, 15 são de escolas públicas do DF e de Goiás, e 14 são de escolas privadas, e ainda uma é a chamada “equipe de garagem”, formada por grupos de amigos. Elas disputam troféus e vagas para a etapa nacional, em 2025, da qual sairão competidores para torneios internacionais.
A equipe Fênix, estreante na competição e formada por alunos da Escola Classe (EC) 64 de Ceilândia, destacou-se pelo aprendizado proporcionado pela robótica. A aluna Emily Santos, de 14 anos, contou como foi a experiência “Montar o robô foi um desafio que exigiu tempo e paciência, mas trouxe benefícios como o desenvolvimento da criatividade, a união do grupo e o aprimoramento da coordenação motora”, relata a estudante.
A equipe, composta por cinco integrantes, conta ainda com a mentoria de uma aluna do Ensino Médio e dois técnicos, incluindo o professor de matemática e suas tecnologias, Marlon Santos. “Foi muito bom ver os alunos aplicando conceitos como ângulo e velocidade, aprendidos em sala de aula, no desenvolvimento do projeto”, ressalta o docente.
Durante a execução do projeto, oito equipes de escolas públicas do DF foram formadas, com apoio do SESI na capacitação de professores e fornecimento de materiais necessários, como mesas, tapetes temáticos “Submerged” e kits Lego. Esses kits foram futuramente doados às unidades escolares participantes.
Inovação em sala de aula
O projeto focou no desenvolvimento de competências essenciais, como letramento digital, pensamento computacional e a iniciação científica. Além disso, buscou estabelecer parâmetros para a utilização eficaz de recursos tecnológicos nas escolas e oferecer suporte na preparação dos alunos para competições nacionais e internacionais, fortalecendo habilidades multidisciplinares e incentivando a inovação no ambiente escolar.
A gerente de Desenvolvimento e Tecnologia Educacional do Sesi, Thaysa Tonhá avalia que as atividades desempenhadas no processo da cultura maker, como o envolvimento com inovação e pesquisa são altamente requisitadas pelo mercado de trabalho. “A cultura maker tem como base a criação. É um espaço no qual os estudantes podem criar, lançar mão de suas competências na resolução de problemas”, explicou Thaysa. O evento destacou-se como uma oportunidade única para os estudantes da rede pública de ensino do DF demonstrarem suas habilidades em robótica e vivenciarem um ambiente colaborativo e de competição saudável.
As equipes classificadas para a etapa nacional foram as seguintes: Young Inventors – Sesi Escola Várzea Grande (MT); Albatroid – Sesi-DF; Aion-X – Sesi-DF; Zé Tec – Escola Estadual José Leite de Moraes (MT).