Em entrevista hoje, 25, ao TBC 1 da TV Brasil Central, a superintendente de Vigilância em Saúde, da Secretaria Estadual, Flúvia Amorim, afirmou que “podemos dizer, sim, que estamos em nossa segunda onda no Estado, porque há um aumento do número de casos, mortes e internações”, referindo-se aos números verificados hoje em Goiás, com 75% de ocupação dos leitos públicos de UTI e o crescente número de casos e óbitos.
Segundo ela, as vacinas estão chegando, mas mesmo assim a população não pode relaxar quanto aos cuidados, porque a Covid-19 é muito perigosa.
Ela informou que as vacinas da Oxford que chegaram no domingo já foram despachadas para todas as regionais de saúde de Goiás e até o final da tarde provavelmente estarão em seus destinos.
Nos locais mais próximos da capital, afirmou, hoje mesmo já devem ser ministradas as primeiras dosas dessa vacina. “A orientação que temos dado a todos os municípios é para que verifiquem a nota do Ministério: as doses devem ser usadas em trabalhadores da saúde, para que nós possamos vacinar o mais rápido possível, porque está aumentando o número de infectados e precisamos dessa força de trabalho atuando”, explicou.
Imunização
De acordo com Flúvia, terminado esse grupo, começará a imunização dos idosos que não estão institucionalizados, porque os institucionalizados já foram vacinados, e aí gradativamente, quando o Estado for recebendo mais doses, vai ampliando esses grupos.
“Todas as doses recebidas da vacina da Oxford serão utilizadas. Não vamos precisar guardar a segunda dose, porque o intervalo é grande, de três meses de uma dose para a outra. O Ministério nos garantiu que podemos utilizar todas essas 65,5 mil como primeira dose que depois receberemos mais para administrar a segunda dose nessas pessoas”, informou.
Flúvia afirmou também que há alguns municípios que ainda estão utilizando a Coronavac e não terminaram ainda a vacinação. “A gente pede a eles é que atualizem as informações o mais rápido possível. No sistema nacional consta que Goiás só aplicou 5 mil doses, mas a gente sabe que tem muito mais que isso. O envio da segunda dose depende de saber quantas primeiras doses cada município aplicou”.
Ela acrescenta que existe a perspectiva de Goiás receber mais vacinas, inclusive das que estão sendo aplicadas hoje. Mas o Brasil depende do ingrediente, denominado IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), para que a FioCruz e o Butantan possam produzir. “A gente só conseguirá ter uma vacinação sustentada, em grande número, quando nossos laboratórios estiverem produzindo”, garantiu.
ABC Digital
Fonte: Portal Goiás