O Governo de Goiás reativou, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), a Sala de Situação para Arboviroses.
O objetivo é unir esforços para avaliar e redirecionar as estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, e dar agilidade no encaminhamento de materiais, regulação de pacientes e apoio técnico aos municípios.
A primeira reunião ordinária da equipe ocorre nesta quinta-feira (30/01), na Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES-GO. Os encontros vão analisar o cenário epidemiológico dos municípios, possibilitando a avaliação e redirecionamento das ações nas regiões de alto risco.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos, materiais de suporte como o cartão de acompanhamento do paciente e o fluxograma de manejo clínico da dengue serão enviados aos municípios novamente, como foi feito em 2024.
Ele lembra que o início imediato do protocolo de hidratação e o manejo clínico do paciente da forma correta são essenciais para que o paciente não agrave e evolua a óbito.
“Todas as ações são importantes, do combate aos criadouros ao diagnóstico oportuno do paciente e manejo clínico”, explica Santos.
Diversas áreas da SES participam da Sala de Situação, como as superintendências de Vigilância em Saúde (Suvisa), de Política de Atenção Integral à Saúde (Spais) e Regulação Controle e Avaliação, além da Defesa Civil Estadual do Estado.
Goiás registra até o momento, 4.033 casos confirmados, 1 óbito confirmado e 11 em investigação pelo Comitê Estadual de Investigação de Óbitos Suspeitos por Arboviroses.
A subsecretária de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, explica que a Sala de Situação trabalha com reuniões semanais para discutir estratégias da assistência ao paciente e elencar os municípios prioritários onde deverão ser reforçadas as ações de combate ao vetor.
“Esses municípios terão uma atenção maior por parte da SES, principalmente no que se refere ao controle do Aedes aegypti, ao monitoramento dos casos e à vigilância laboratorial”, acrescenta.
A superintendente de Políticas e Atenção Integral à Saúde da SES, Amanda Limongi, ressalta que já foram definidos os hospitais estaduais que servirão de referência para os casos mais graves.
“Além das unidades que serão retaguarda para os casos mais graves, a secretaria programou capacitações que começam no final de janeiro e vão até abril para com os profissionais da saúde sobre o manejo clínico dos pacientes”.
“Profissionais da rede pública e privada, do estado e dos municípios, poderão se atualizar com as orientações para pacientes com arboviroses de forma gratuita e contínua”, reforça ela.
Apoio
Outra ação importante é a realização do matriciamento, que é a seleção de unidades de referência da SES de cada macrorregião para fornecer apoio, suporte médico e clínico, para os profissionais de outros serviços.
Todos os dias da semana, de segunda a sexta-feira, das 08 às 18 horas, o profissional médico de qualquer unidade que tiver alguma dúvida poderá entrar em contato com a unidade disponível naquele dia e ter orientações em relação ao manejo adequado para o paciente que ele está cuidando.
Nesta semana, municípios com aumento de casos acima do esperado, como Catalão, Iporá, Diorama, Santo Antônio do Descoberto e Brazabrantes, estão recebendo equipes do Controle de Vetor da SES para dar suporte nas ações de apoio presencial, como:
- identificar e selecionar as áreas de maior risco no município para atuação dos agentes de combate às endemias (ACE’s);
- capacitação presencial em manejo ambiental e eliminação de criadouros; e posteriormente,
- capacitação presencial em controle químico, com uso de inseticidas e bombas costais.
Cenário
Goiás registra neste ano 9.630 casos notificados de dengue, com 4.033 confirmados. Um óbito foi confirmado, em Heitoraí. Outros 11 estão em investigação.
Em relação à chikungunya, são 102 casos confirmados e nenhum óbito registrado. Até o momento, Goiás possui 1 caso confirmado de zika, sem registro de óbito.
No caso da dengue, a maioria dos registros mostra a circulação predominante do sorotipo 2 em 2025. Goiás registrou 3 casos de dengue tipo 3 no ano passado, em Rio Verde, Jataí e Goiatuba – todos evoluíram para cura. Em 2025, um caso importado foi identificado em Anápolis.
Secretaria de Estado da Saúde (SES) – Governo de Goiás