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UBS 3 de São Sebastião inicia primeiro grupo antitabagismo

Pessoas que desejam parar de fumar contam com mais um apoio no DF. A Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 3 de São Sebastião iniciou esta semana as atividades do seu primeiro grupo antitabagismo e os encontros ocorrerão todas as quintas-feiras, às 9h. Para participar, o interessado precisa apenas se inscrever gratuitamente.

De início, o grupo conta com 14 pacientes que serão acompanhados por uma equipe multiprofissional de medicina, farmácia e enfermagem. Em uma conversa, os usuários trocam relatos, dificuldades e experiências com o objetivo de abandonar o vício. Na primeira sessão, os temas abordados incluíram os malefícios do cigarro para a saúde do usuário, além dos motivos que levam ao uso e porque desejam deixar o hábito.

A médica de família e comunidade da UBS 3, Rúbia Arakaki, destacou que a adesão ao grupo pode ocorrer em qualquer momento do tratamento para parar de fumar. “A estratégia em grupo tende a ser mais eficaz devido à troca de ideias. Damos suporte multiprofissional, fornecemos medicações para alívio da síndrome de abstinência e encaminhamos para o tratamento psicológico os pacientes que necessitam”, relata.

Uma das idealizadoras da ação, a farmacêutica Fernanda França disse que a criação do grupo foi motivada pelo interesse da própria comunidade em enfrentar o tema. “Aqui no grupo, quando um usuário começa a falar, o outro se identifica. Eles vão começando a se abrir e o intuito do grupo é esse mesmo, ser um apoio. Qualquer pessoa que tenha vontade de parar de fumar pode nos procurar que será bem acolhido”, emendou.

Com histórico de câncer de pulmão na família, o arquiteto Thalles de Carvalho, 30 anos, foi um dos que buscou ajuda na unidade próxima de sua residência. Ele começou a fumar há quatro anos e, atualmente, fuma uma carteira por dia. “Também chamei amigos para fazer parte porque é importante socialmente, é uma questão de saúde pública. Comecei a fumar após um episódio de depressão. Meu objetivo é parar completamente, abandonar o vício mesmo”, relata.

A aposentada Maria José de Queiroz, 61 anos, começou a fumar aos 11 anos devido à rotina estressante e um quadro de depressão. “Estou há um ano sem fumar. O grupo é muito importante porque dividimos, tem um acompanhamento, a gente dá força e recebe força, embora acho que depende da gente. E não é fácil. Eu mudei muita coisa. É uma luta diária”, conta.

Combate ao tabagismo no DF

Em 2023, 1.673 pessoas procuraram o serviço da Secretaria de Saúde – dessas, 647 completaram o tratamento e 337 deixaram de fumar, cerca de 20,1% do total. A estratégia é considerada bem-sucedida, sobretudo porque os pacientes podem tentar várias vezes. A SES-DF possui 80 unidades cadastradas para realizar o tratamento contra o tabagismo. Confira aqui a lista de UBSs onde o serviço está disponível.

*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

Fonte: Agência Brasília

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