Cerca de 90 mil moradores da área rural são beneficiados com trabalho de manutenção das vias em 16 cidades do DF
Melhorar a condição de vida dos moradores das áreas rurais e dos alunos de escolas públicas que integram o programa Caminho das Escolas e reduzir a preocupação com as chuvas. Esses são os pilares do trabalho que é feito diariamente pelas equipes do governo para levar mais qualidade de vida aos cerca de 90 mil habitantes das regiões rurais do Distrito Federal. De 2019 até setembro deste ano, 6.294 quilômetros de estradas rurais foram recuperados, com aplicação de cascalho e resíduos da construção civil (RCC), sendo 1.076 km somente em 2023.
A ação, coordenada e integrada por três pastas do GDF — Secretaria de Governo (Segov), Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) —, é preventiva e tem contribuído também para facilitar o escoamento da safra agrícola e pavimentar um caminho sólido para o desenvolvimento econômico e social.
“Nas vias não pavimentadas se concentra toda a produção agrícola. Então, precisamos trabalhar para garantir boas condições de trafegabilidade aos produtores e chacareiros das regiões rurais. Nós estamos pensando em todas as situações em que a comunidade possa precisar [de ajuda] para atendermos àqueles que moram no campo. Para isso, as vias precisam estar em boas condições. É para isso que estamos nos esforçando, em função especialmente do período de chuva”, defende o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo.
Por essas vias circula grande parte da produção agrícola do DF, que em 2022 chegou a R$ 1,5 bilhão, de acordo com levantamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). O consumidor final é o brasiliense, que come produtos frescos produzidos na área rural do DF, além de moradores do Entorno, para onde também escoa uma parte importante da produção.
Alonso Pereira, 49 anos, foi o segundo morador a construir uma casa na rua onde mora há 12 anos, no bairro Zumbi dos Palmares, em São Sebastião. Desde então, o empresário acompanha o crescimento da região e comemora a dedicação do GDF. “É um trabalho fantástico. Assim que eu vim para esse setor, a situação estava muito difícil, não tínhamos um acesso de qualidade. Agora, temos esse cuidado, essa proteção. Hoje, posso dizer que dá gosto morar aqui”, relata.
Sustentabilidade
De maneira estratégica, as equipes de trabalho e as unidades operacionais que fazem parte da força-tarefa — Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), administrações regionais, GDF Presente, DER e Seagri — garantem o acúmulo de cascalho e resíduos de construção civil (RCC) a serem utilizados nas vias não pavimentadas ou em eventuais emergências naturais, nas próprias administrações regionais. Como resultado prático, a ação evita longos deslocamentos e torna a operação mais ágil.
A maioria do RCC utilizada nos mutirões é doação do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). O material já sai da usina em condições de uso nas estradas; e, quando possível, as equipes fazem o processo de compactação para melhorar a aderência.
Em Brazlândia, os técnicos das pastas reuniram aproximadamente 450 toneladas desses materiais que poderão ser aplicados em pontos críticos atingidos pelas chuvas. A intenção de acumular RCC e cascalho é para reservar o material em um volume suficiente — aproximadamente 200 toneladas — em locais estratégicos do DF, como Gama, São Sebastião, Planaltina, Itapoã, Ceilândia e Brazlândia.
De acordo com o coordenador do Polo Rural, Luciano Mendes, a expectativa é que, com o material já nas administrações, as vias que precisarem recebam a atenção de forma eficaz sem a necessidade de qualquer interdição. “Nossa estratégia é acumular bastante material nas administrações para, quando tiver pontos críticos em vias não pavimentadas, a gente possa atender de imediato. Dessa forma, conseguimos atuar de forma rápida e segura sem precisar obstruir a via”, explica.
Somente em setembro deste ano, as equipes que compõem a Seagri utilizaram cerca de 350 caminhões de RCC para conservar as estradas rurais que são de sua jurisdição. Já o DER aplica em torno de 400 mil toneladas de material, anualmente, para realizar a manutenção de rodovias não pavimentadas de sua responsabilidade. O investimento anual do departamento é de aproximadamente R$ 3 milhões para fazer o revestimento primário dessas vias.
Em São Sebastião, a atuação conjunta das pastas operacionais garante o serviço constante de terraplanagem com a colocação de brita e de RCC — ação que ajuda a reduzir a poeira e amplia a acessibilidade nas pistas não asfaltadas. Os serviços de manutenção nessa região levam benefícios a mais de 50 mil moradores, garantindo um acesso mais seguro e confortável aos residentes dos bairros Morro da Cruz, Capão Comprido, Zumbi dos Palmares, Residencial Vitória, Bora Manso e Vila do Boa.
Fonte: DER – DF