Com o objetivo de otimizar a aquisição e a utilização de implantes utilizados em cirurgias de coluna toracolombar, a Secretaria de Saúde (SES) assinou o primeiro contrato em consignação, que passa a vigorar no Hospital da Região Leste (HRL). Nessa modalidade de compra, o pagamento é feito apenas pelo que foi utilizado, evitando desperdício e oferecendo mais economia.
“Conforme necessitamos dos implantes, solicitamos à empresa e a secretaria efetua o pagamento conforme a utilização”, explica a médica Rosana Coccoli, referência técnica distrital (RTD) em neurocirurgia de coluna e uma das responsáveis pelo processo. Em acordos anteriores, nas compras regulares, a regra era estabelecer quantitativos a serem adquiridos. No entanto, nem sempre todos os dispositivos eram usados, gerando excedente de material e gasto extra para a pasta.
“O que foi proposto com esse modelo de contratação é uma evolução no setor de compras, e esperamos que seja adotado”, avalia Rosana. A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, reforça: “Temos feito todos os esforços para oferecer um serviço mais eficiente para melhor atender os usuários da rede.”
O contrato foi assinado por cinco anos e poderá ser renovado pelo mesmo período. O prazo estendido é outro diferencial do modelo sugerido: a empresa fornecedora vê o investimento nos materiais oferecidos ser diluído ao longo do período de vigência do acordo, não impactando de forma tão severa os custos quanto nos contratos assinados tradicionalmente, de um ano.
O dispositivo toracolombar, negociado no novo contrato, é utilizado em cirurgias para a estabilização da coluna torácica e lombar, como em casos de traumas ou enfermidades de degeneração da coluna, além de neoplasias. O serviço de cirurgia da coluna do HRL é referência na rede para patologias na coluna vertebral.
Novas aquisições
A Região Leste de Saúde possui outros dois editais de licitação abertos para a compra de equipamentos, ambos com verbas provenientes de emendas parlamentares. Um deles é para a aquisição de um microscópio cirúrgico, aparelho voltado a operações complexas na coluna, permitindo que os cirurgiões possam visualizar, com mais clareza, pequenos detalhes das estruturas nervosas.
O segundo edital é para obtenção de um neuronavegador – equipamento que funciona como um sistema de orientação para o neurocirurgião posicionar os implantes durante o procedimento. Na etapa de avaliação, as quatro empresas fornecedoras do aparelho no Brasil cederão seus equipamentos para demonstração de forma que a equipe possa formalizar a experiência em relatório para embasar a compra.
Serão quatro procedimentos eletivos: dois de escoliose e dois de coluna cervicotorácica, uma cirurgia de alta complexidade. A ideia é escolher o equipamento mais adequado, com melhor custo benefício, não apenas o menor preço.
*Com informações da Secretaria de Saúde