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Voluntários da saúde recebem prestígio da CLDF em solenidade

Nesta terça-feira (5), a CLDF, por iniciativa da deputada Dayse Amarílio (PSB), celebrou o Dia Internacional do Voluntário. Durante o pronunciamento em plenário, a parlamentar destacou que os voluntários não recebem o reconhecimento necessário, e que essa situação motivou a realização da solenidade transmitida na TV Câmara Distrital (Canal 9.3), Youtube e e-Democracia.

“O voluntário parece muito com a enfermagem porque se liga muito ao gênero e ao cuidado e, por isso, não recebemos o valor que merecemos. E o voluntário, muitas vezes, não recebe a homenagem que merecem e o evento de hoje é para prestigiá-los.”

Rede Feminina 

 

 

Dayse acrescentou que dentre os voluntários do Hospital de Base (HB), está a Rede Feminina, criada em maio de 96, para melhorar o atendimento aos pacientes e atualmente há 360 voluntários. 

Maria de Fátima Cardoso de Oliveira, usuária dos serviços voluntários, acrescentou que conhece a Rede Feminina desde 2018, pois foi paciente oncológica e fez todo o tratamento no Hospital de Base. 

“Cheguei lá bem assustada, pois ninguém que receber a notícia de um câncer, mas conheci a rede de amor e acolhimento. Não tem como falar e não me emocionar, pois fiz meu tratamento e fiquei encantada com o trabalho e já não me sentia só e tão triste. Isso me fortaleceu e me comprometi que ficando bem me tornaria uma voluntária para ajudar outras pacientes”.

Maria acrescenta que o trabalho voluntário na “Rede Feminina” é um acolhimento diário e atualmente há um grupo de quase 300 mulheres recebendo tratamento.

“Eu passo pra elas que elas podem conseguir, assim como eu consegui. Eu olho para todas aqui e tenho orgulho já que ao nos doarmos, curamos um pouco. Quando recebemos uma paciente e passamos força e esperança, ajuda o psicológico que faz com que o corpo fique bem.”

A presidente do Instituto Diabetes Brasil, Jaqueline de Jesus Correia, disse que a organização que preside é nova, mas estar na solenidade “gera um fôlego para nós”. Jaqueline concluiu que é preciso honrar os voluntários pois são extremamente importantes.

“Quando trabalhamos no voluntariado não é fácil, e falamos de pessoas que têm um dom. O voluntariado é difícil pois dedicamos muito tempo com muita fé e faz total diferença na vida da população. Digo que para ser voluntário, precisamos de motivação e essa, enquanto pais de crianças com diabetes, são nossos filhos, e enquanto pessoas, é a experiência dela para que ela possa ser reflexo para outras pessoas.” 

Hospital de Base

Regina Selma de Souza, presidente do movimento de apoio ao paciente com câncer (MAC), explicou o que é o trabalho do voluntariado no Hospital de Base. 

“É um trabalho feito com muito amor por todos nós. Cada instituição tem sua função e equipe, mas conseguimos prestar nosso trabalho com bastante capacidade. O que nós buscamos? Melhorias aos pacientes com doações de material, medicamentos, passagens, café da manhã e lanches.” 


 

 

A presidente do MAC disse que no hospital de base se recebe pacientes com vulnerabilidade alta. Para ela, atualmente, a rede de apoio no HB faz com que aconteça um trabalho com carinho e orgulho. 

“Muitas vezes a gente fica triste, chateado e o trabalho de voluntariado nos ajuda a esquecer, pois vemos pessoas que precisam de apoio. Temos uma satisfação de senso e realidade muito grande. Obrigado”

Dra. Karla Daniela Ferreira, diretora da clínica do instituto GRUPEDH e que sugeriu o evento para a deputada, afirmou que é um prazer a homenagem a uma das características mais nobres que alguém pode possuir, o espírito voluntariado. 

“Cada ação é testemunho da compaixão e empatia, que faz parte do caráter de vocês. Os voluntários têm um impacto positivo no mundo e vejo isso no dia-a-dia das pessoas que chegam ao HB. Sejam agentes de mudanças inspirando outros para construir uma sociedade mais justa e amorosa.”

 


 

O Dr. Guilherme Porfírio Pereira Lisboa, gerente geral de assistência do hospital de base, disse que uma prova do trabalho voluntário é que muitas pessoas tratadas, se tornam voluntárias. 

“O voluntariado se mistura muito com a medicina, pois muitos hospitais surgiram do voluntariado. Diante do cenário brasileiro temos grandes desafios com limitação de recursos, unidades antigas e equipes tradicionais. Vocês fazem um trabalho fantástico dentro do hospital fugindo da medicina tradicional que oferece medicamentos e vocês trazem amor, carinho e recreação.”

“Sem o trabalho voluntário, penaríamos muito. Costumamos dizer que o voluntariado é nosso braço forte no hospital e se vê pessoas dançando, contando histórias e ajudando”, afirmou Niedia Bartira Rocha Nogueira, gerente multiprofissional do hospital de base. A profissional do HB acrescenta que atualmente há mais de 600 voluntários de 4 associações. 

Dados 

Rafaela de Melo Silva Monteiro, representante da secretaria de saúde do DF, disse que já foi voluntária por anos e acompanhou vários projetos em Brasília. 

“Hoje temos mais de 1300 cadastrados nos programas da secretaria de saúde em sua grande maioria são profissionais especializados na área da saúde. Temos coordenações de voluntários em vários hospitais de cidades como no HRAN, Guará, Planaltina, Sobradinho, Brazlândia, Ceilândia, Samambaia, Taguatinga e Gama.”

“Parabéns pelo trabalho lindo e maravilhoso que vocês fazem. Em nome da nossa secretária, obrigado pela confluência de amor e dedicação. Vocês são a força motriz da nossa vontade de vencer”, concluiu  Thiago Martins, porta-voz da secretaria de estado de Saúde e ex-diretor administrativo do Hospital de Base. 

Rafaela acrescentou que quem quiser ser voluntário deve entrar no site da secretaria de saúde para ver as vagas em hospitais e assim se cadastrar. 

Fonte: Agência CLDF

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