O ataque a uma creche em Blumenau (SC) que deixou quatro crianças mortas hoje (05) sensibilizou os deputados distritais na tarde desta quarta-feira, na Câmara Legislativa. Vários parlamentares foram à tribuna para se solidarizar com as famílias e pedir mais políticas públicas que reduzam a violência nas escolas.
O deputado Chico Vigilante (PT) lamentou o massacre e disse que “já está na hora de se discutir a prisão perpétua no Brasil”. Joaquim Roriz Neto (PL) lembrou que há poucos dias houve uma ameaça contra alunos e professores numa escola de Samambaia e pediu celeridade na tramitação do PL nº 230/2019, que determina a instalação de detectores de metais nas escolas públicas e privadas do DF.
Para o deputado Pastor Daniel de Castro (PP), a perda violenta de um filho é uma dor difícil de ser confortada. “Minhas orações às famílias de Blumenau”, solidarizou-se. Fábio Félix (PSOL) ressaltou que “essa tragédia não é uma questão somente de Blumenau, mas sim uma questão nacional que obviamente também é um problema do DF”.
O parlamentar pediu a volta do Batalhão Escolar da Polícia Militar. “O batalhão escolar infelizmente foi praticamente extinto. Eram dois policiais militares que ficavam em frente às escolas, e não dentro das escolas. Eles estabeleciam relação com a comunidade e com os estudantes, trazendo segurança para todos”, afirmou.
A volta do batalhão escolar também foi apontada por Rogério Morro da Cruz (PMN) como uma das soluções para conter os casos de violência nas escolas. Ricardo Vale (PT) ressaltou a importância de programas culturais e esportivos para envolver os jovens em atividades saudáveis. Para Max Maciel (PSOL), é preciso mudar a cultura de violência que se apoderou do ambiente escolar. “ Estamos vivendo uma nova crise social em que a violência virou instrumento de busca de status. Temos que mudar o contexto social. As escolas do DF têm muros de 3 metros, sirene, corredores e banho de sol. É um padrão prisional”, criticou.
O deputado Gabriel Magno (PT) ressaltou a importância de se valorizar os profissionais da educação como forma de garantir um ambiente saudável nas escolas. “A escola e os educadores viraram alvo no período recente da história. Já tivemos um ministro da Educação que convocou as pessoas a filmarem e denunciarem professores em sala de aula. Foi criado um clima de ódio nas escolas deste país. Os trabalhadores da educação estão sendo duramente atacados. É preciso implementar a lei que garante um assistente social e um psicólogo em cada escola. Precisamos de mais professores, orientadores e pedagogos”, defendeu.
CLDF