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Sessão solene cobra apoio do GDF para cuidados paliativos na rede pública

Cuidado centrado na vida, com foco em garantir bem-estar, conforto e dignidade a pessoas que enfrentam doenças graves ou limitantes, além de oferecer suporte às famílias. Esta é a definição de cuidados paliativos que consta na cartilha digital que a Frente dedicada ao tema na Câmara Legislativa lançou nesta segunda-feira junto à sessão solene para homenagear os paliativistas no DF. O deputado distrital Fábio Felix (Psol) capitaneou o evento, que apontou a necessidade de mais apoio público para a área.

“O trabalho não encontra eficácia, resultados, consequências melhores e mais objetivas no atendimento ao usuário se a gente não tem investimento, prioridade, apoio da gestão”, alegou o parlamentar, que preside a Comissão de Direitos Humanos da Casa. “Muitas vezes nos falta esse apoio e os profissionais, com muita dificuldade, colocam uma série de serviços de pé todos os dias no DF, funcionando sem estrutura e sem recurso. Mas essa não deveria ser a prática, somos trabalhadores e trabalhadoras, não heróis e heroínas”, completou Felix.

 

Foto: Carlos Gandra/ Agência CLDF

Servidora da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e membra da Frente Parlamentar dos Cuidados Paliativos na CLDF, Giselle de Fátima Silva relembrou que há cerca de 20 anos percebeu-se a necessidade de aprimoramento técnico para cuidar de pacientes com doenças graves e/ou limitantes. Hoje, os cuidados paliativos estão na pauta da Organização Mundial da Saúde. “O DF é reconhecido nacionalmente pelo pioneirismo e pela potência de seus profissionais paliativistas. Trabalhadores de outros estados visitam serviços da Secretaria para conhecer modelos de implantação, funcionamento e organização assistencial”, informou.

Para ampliar os atendimentos e aprimorar o suporte, Giselle defendeu a criação de uma unidade específica para os cuidados paliativos na estrutura administrativa do GDF. Diferentes serviços da área estão distribuídos nos seguintes hospitais do DF: de Base, Materno Infantil, da Criança, de Apoio de Brasília e nos hospitais regionais da Asa Norte, de Taguatinga, do Gama, de Sobradinho, de Planaltina, de Samambaia, e de Santa Maria.

Fisioterapeuta da SES, Renata Nóbrega representou a Associação Síndrome do Amor, que presta assistência a 3.274 famílias com condições genéticas severas, sendo 2.262 dessas diagnosticadas com a síndrome de Edwards. “Os cuidados paliativos não vêm para curar, mas para aliviar sofrimento e oferecer conforto físico, psicológico, social e até mesmo espiritual”, resumiu. Configuram-se, portanto, como “direito do paciente”, ramo atrelado aos direitos humanos que não se confunde com os direitos sanitários — tais como receber remédio e ter acesso a leitos — , esclareceu Nelma Melgaço do Instituto Brasileiro de Direito do Paciente.

 

Foto: Carlos Gandra/ Agência CLDF

“Cuidado paliativo não é só o cuidado em uma fase na qual não há possibilidade de cura, é toda uma dignidade que se dá não só ao paciente, mas à toda família”, declarou Alexandre Freire de Alarcão, presidente da Abrace, que atualmente presta assistência a cerca de 80 crianças com câncer. “Crianças que recebem cuidados paliativos podem ter a vida curta, e como é curta, urge que a gente trabalhe para que seja plena de significado e sentido”, pontuou a presidente da Academia Distrital de Cuidados Paliativos, Andrea Nogueira Araujo.

Na visão da consultora nacional para o envelhecimento saudável da Organização Panamericana de Saúde, Maria Cristina Hoffmann, cuidar como um todo do conjunto dos cidadãos de forma a diminuir as desigualdades revela como os cuidados paliativos traduzem, na prática, os princípios de universalidade, integralidade e equidade do Sistema Único de Saúde.



Fonte: Agência CLDF

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