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Prevenção aos ataques nas escolas é debatida na Câmara Legislativa

A Subcomissão de Prevenção à Violência nas Escolas, da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa, debateu formas de combater os ataques nas unidades de ensino no Distrito Federal nesta terça-feira (18). O presidente do colegiado, deputado Fábio Felix (Psol), criticou a militarização das escolas e defendeu a disponibilidade de profissionais de assistência social e psicologia aos jovens. Também criticou o discurso de ódio e ideologias extremistas. “Esses grupos que atacam as escolas no mundo têm uma ligação com o neonazismo”, ressaltou.

Como encaminhamentos, Felix propôs a realização de rodas de conversa para ouvir os estudantes, divulgação de relatório da Subcomissão com informações relacionadas ao tema, e um seminário sobre comunicação para debater com representantes da imprensa. O distrital também ressaltou a importância de se combater os crimes nas redes sociais: “O que não é tolerável no mundo real não pode ser no virtual”.

As soluções, ainda de acordo com ele, devem ser construídas por especialistas em políticas públicas. A defensora pública Juliana Braga contou que os pais de alunos procuram ajuda “sem saber como agir”, e argumentou que o debate “precisa partir da educação, e não da segurança pública”.  Ela também defendeu um controle das redes sociais.

Para a professora adjunta da Faculdade de Educação da UnB Catarina Santos, a escola faz parte da solução, devendo ser mais integrada aos estudantes. “A solução não se daria por mais repressão, que é provocadora de mais violência”, frisou. De acordo com ela, as ameaças partem de crianças e jovens entre dez e 21 anos, sendo mais comum entre 14 e 17 anos, ligados a discursos misóginos e racistas.

Ela também criticou o “encarceramento das escolas”, enquanto se há “poucas propostas” de caráter educativo ou psicossociais: “Precisamos lidar com o problema e não apenas com as consequências dele”. Ainda segundo a educadora, cinco dos 27 ataques registrados no Brasil ocorreram esse ano e quatro no último semestre de 2022.

 

 

A psicóloga Márcia Alencar, ex-secretária de Segurança do DF, disse que as redes sociais “afetam mentes e corações” e que os “aparelhos de controle” não são mais do Estado, mas do mercado. De acordo com ela, há uma guerra de narrativas que precisa ser enfrentado pelos “democratas e progressistas”. A solução aos ataques nas escolas, segundo ela, deve partir de uma compactuação e diagnóstico, com envolvimento da sociedade civil e instituições públicas. “Precisamos pensar na educação para a segurança e não a segurança para a educação”, afirmou.

A diretora do Sindicato dos Professores do DF Márcia Gilda (Sinplo-DF) criticou a ausência de representantes da Secretaria de Educação. Ela ressaltou que houve uma “criminalização” das escolas por ideologias políticas, a partir de 2016. “O ambiente não propicia o desenvolvimento da cultura da paz”, analisou. Também diretor do Sinpro, Zózimo Chaparral disse que os ataques são premeditados e mostram “sinais”, podendo ser prevenidos. “A violência não surge na escola, ele chega na escola”, afirmou.

Participaram da reunião professores de escolas públicas e particulares e representantes do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do DF; do Conselho da Criança e do Adolescente do DF; bem como de conselhos tutelares.

 CLDF

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