A destruição, pelos nazistas, da pequena cidade de Lídice (na atual República Tcheca), em dia 10 de junho de 1942, chocou o mundo. Além de atearem fogo e demolirem todas as edificações com o uso de explosivos, os homens foram fuzilados, mulheres mortas e dezenas de crianças, asfixiadas com gás.
Para lembrar o massacre, ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial, foi aberta uma exposição na Câmara Legislativa, nesta quinta-feira (27), que reúne fotos históricas e desenhos realizados por crianças. Pela primeira vez, participaram do projeto, que reúne trabalhos de jovens do mundo inteiro, estudantes do Distrito Federal – alunos da Escola Classe 68, da Ceilândia. Entre eles, Sardeiro da Silva Wenzo, de seis anos de idade, que recebeu Menção Honrosa.
Antes da inauguração da mostra, que fica aberta até o dia 11 de dezembro na Galeria Espelho d´Água, foi exibido o documentário Lidice: como a morte de Heydrich selou o destino de uma vila inteira, dirigido por Daniel Rosa, que, aborda os acontecimentos que marcaram a antiga Lídice – onde, atualmente, um memorial, relembra a tragédia. O título do filme faz menção a Reinhard Heydrich, general de Hitler, cuja morte em Praga gerou a vingança nazista.
A notícia da destruição se espalhou e, em resposta, diversas cidades pelo mundo adotaram o nome da localidade tcheca dizimada, além disso, meninas foram batizadas como Lídice. No Brasil, em 1944, dois anos após o massacre, Santo Antônio do Capivari, a cerca de 40 quilômetros de Angra dos Reis (RJ), recebeu o nome de Lídice, atual distrito do município de Rio Claro.
Desde o final dos anos 1960, a República Tcheca estimula a confecção de desenhos por crianças para recordar o trágico episódio. “A partir de 1973, o projeto passou a ter caráter internacional. Crianças do mundo inteiro enviam desenhos ao Memorial de Lídice. Esses trabalhos são uma ponte simbólica entre os meninos e meninas mortos durante a guerra e as que têm o privilégio de viver”, declarou a embaixadora Pavla Havrlíková, ao abrir a exposição.
Na ocasião, também falaram o secretário executivo da Secretaria de Relações Internacionais do GDF, Paulo Cesar Chaves, que ratificou o apoio do governo a iniciativas como essa, de cunho histórico e cultural; e Jane Marrocos, do Conselho Curador de Cultura da Câmara Legislativa, que destacou o papel da Casa “como anfitriã de importantes eventos” realizados em parceria com as representações internacionais acreditadas em Brasília.
Fonte: Agência CLDF
