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Distritais debatem responsabilidade pelos atos de vandalismo do dia 8/1

Durante o depoimento de Saulo Moura, ex-diretor da Abin, à CPI dos Atos Antidemocráticos, o deputado Pastor Daniel de Castro (PP) fez duras críticas ao comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ao Ministério da Justiça e ao Governo Federal sobre o que chamou de “postura leniente” diante dos avisos emitidos pela Abin antes e durante o dia 8/1. Para o distrital, o governo sabia da dimensão das manifestações e não agiu para combatê-las a tempo. Ele ainda criticou a alegação de tentativa de golpe de estado. 

“As autoridades federais precisam chegar a um acordo. Se foi uma tentativa de golpe, o Governo Federal prevaricou. Se não foi uma tentativa de golpe, os presos não podem responder por tentativa violenta de abolição do estado democrático”, argumentou Daniel em sua fala. 

Thiago Manzoni (PL) foi na mesma linha, afirmando que a responsabilidade das autoridades do atual governo pelo ocorrido no 8/1 não está sendo apurada corretamente pela CPI. 

O distrital cobrou ainda que a comissão não encerre seus trabalhos sem a oitiva do ministro da justiça, Flávio Dino que, segundo Manzoni, pode ter participação direta no ocorrido. “É uma vergonha para esse país fingir que nada aconteceu em relação ao G.Dias e a Dino”, declarou. 
 

 

Já Paula Belmonte (Cidadania) criticou a modificação ocorrida na Abin este ano. A agência, que à época dos ataques era vinculada ao GSI, passou a estar sob comando da Casa Civil. “Qual o interesse? É muito sério, a Abin está sendo desmontada e está virando um órgão político”, criticou a distrital. 

Fábio Félix (PSOL) questionou a postura de alguns distritais de direita, alegando que eles estariam desvirtuando o ocorrido no dia dos atentados atribuindo a culpa pelas depredações ao ex-ministro General G. Dias, e não aos próprios manifestantes bolsonaristas. “Eles querem culpar o G. Dias, querem abraçar os golpistas”, ironizou. 

 

 

Gabriel Magno (PT) fez coro à fala de Felix e afirmou novamente que nos “acampamentos criminosos” foi gestado o plano dos ataques de 12/12, 24/12 e 08/1. Magno criticou duramente a postura de alguns distritais, que não reconhecem a tentativa de golpe de estado. “Houve no brasil a tentativa de violação do estado democrático de direito. O fascismo sequestra verdades”, afirmou.
 

Fonte: Agência CLDF

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