Segundo o deputado Fábio Felix, a premiação fortalece a importância de trabalhos de mudança social e garantia dos direitos básicos, uma vez que o Brasil é um dos países que mais matam ativistas no mundo
A Câmara Legislativa realiza solenidade de entrega do 5° Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos nesta quarta-feira (13) às 19h. De autoria de Fábio Félix (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), a cerimônia conta com os distritais Dayse Amarílio (PSB) e Max Maciel (PSOL) e a presença da deputada federal Erika Kokay (PT). O objetivo da solenidade é homenagear personalidades que participam ativamente a favor das transformações sociais em diferentes áreas de atuação no Distrito Federal.
“Em tempos de tantos ataques, esse prêmio tem um valor simbólico muito grande, pois incentiva pessoas e organizações a se engajarem na defesa dos direitos humanos, mas também reforça a urgência de protegermos o trabalho e a vida desses ativistas”, afirma Félix.
Segundo o parlamentar, a premiação fortalece a importância de trabalhos de mudança social e garantia dos direitos básicos, uma vez que o Brasil é um dos países que mais matam ativistas no mundo. “Este ano, o Prêmio também tem um objetivo maior de reforçar o clamor pelo desfecho das investigações dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, conforme compromisso assumido pelas autoridades policiais”, ressalta Félix.
Premiados
Na categoria “Organizações da sociedade civil”, os premiados são a Federação Habitacional do Sol Nascente (Fehsolna), o Instituto Prios de Políticas Públicas e Direitos e o Movimento Autônomo de Mães Ativistas (MAMA) do DF. A jornalista Ana Flávia Magalhães Pinto, Adna Santos, conhecida como Mãe Baiana de Oyá, e Wall Moraes, pastora da Igreja Cristã de Brasília, também são agraciadas pelo ativismo político.
Recebem o prêmio na categoria “Serviço público”, o Centro Educacional do Lago Norte (CEDLAN) e a escola Stella dos Cherubins Guimarães Trois. Pela produção de trabalhos acadêmicos que contribuíram para a promoção e defesa dos direitos humanos no DF, são contemplados Guilherme Lemos, mestre e doutor em história pela Universidade de Brasília (UnB), a pesquisadora Catarina de Almeida Santos e o ativista Wanderson Flor do Nascimento, conhecido como Taata Nkosi Nambá.
O evento também prestigia a repórter Rita Yoshimine e equipe de reportagem pelo trabalho jornalístico a respeito da violência policial na região. Na categoria “Arte e Cultura”, são homenageados a cantora Martinha do Coco e o coletivo Sambadeiras de Roda. Por fim, a Livraria Circulares recebe o prêmio pelo incentivo a publicação de autores independentes.
O Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos é entregue anualmente a entidades que se destacaram na defesa e promoção dos direitos humanos no DF desde 2019.
Fonte: Agência CLDF