O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que mede a inflação para famílias com renda mensal de um a 40 salários mínimos – registrou alta de 0,48% no Distrito Federal em fevereiro, abaixo da observada no país (0,84%), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as regiões pesquisadas, a variação de preços na capital federal foi a segunda menor, acima apenas de Rio Branco (0,44%).
No acumulado anual, tanto o DF quanto o Brasil apresentaram alta de 5,6%. O resultado foi influenciado pela alta no grupo Educação (6,55%), em razão do aumento nos preços dos cursos regulares (ensino fundamental, médio e superior), assim como nos grupos Saúde e cuidados pessoais (1,26%), Despesas pessoais (0,59%) e Alimentação e bebidas (0,45%). O grupo Transportes apresentou a maior queda, devido à redução nos preços da gasolina e passagem aérea, assim como nos grupos de Artigos de residência (-0,54%), Vestuário (-0,41%), Habitação (-0,20%) e Comunicação (-0,12%).
Já a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – que abrange as famílias com renda mensal de um a cinco salários mínimos – registrou alta de 0,34% no DF, a menor entre as regiões pesquisadas pelo IBGE e abaixo da observada no país (0,77%). No acumulado anual, observou-se alta de 4,62%, também abaixo da registrada no Brasil (5,47%).
O resultado do INPC foi impulsionado pela alta nos mesmos grupos observados no IPCA, com exceção da Habitação, mas com diferentes percentuais: Educação (5,96%), Saúde e cuidados pessoais (1,95%), Despesas pessoais (0,42%), Alimentação e bebidas (0,30%) e Habitação (0,07%). O mesmo comportamento se aplicou às quedas: Transportes (-0,86%), Artigos de residência (-0,47%), Vestuário (-0,29%) e Comunicação (-0,22%). Entre os itens considerados no cálculo do INPC, as variações que contribuíram para o resultado foram similares ao IPCA.
O cálculo do IPCA por faixa de renda realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) indica que a inflação registrada nos grupos Alimentação e bebidas e Saúde e cuidados pessoais possuem maior peso entre as faixas de menor renda. Por outro lado, a deflação nos Transportes, especialmente das passagens aéreas, beneficia as faixas de maior renda. A variação dos preços entre as diferentes faixas apontou uma inflação de 0,34% para as famílias de baixa renda; 0,22% para as de média/alta renda; 0,11% para as de alta renda; e 0,09% para as de média/baixa renda.
*Com informações do IPEDF
Fonte: Agência Brasília