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Iluminação pública de Brasília é destaque em seminário sobre infraestrutura em São Paulo

Realizado na sexta-feira (26) em São Paulo (SP) com o tema “Infraestrutura urbana e iluminação pública”, o seminário Lide Infraestrutura contou com a participação da Companhia Energética de Brasília (CEB), cujo presidente, Edison Garcia, destacou a importância de uma gestão eficiente e sustentável para assegurar o crescimento contínuo da empresa. O encontro reuniu empresários e representantes do setor elétrico e de infraestrutura de todo o país. 

O presidente da CEB participou do painel sobre regulação da iluminação pública e seus impactos na eficiência energética. A experiência de Brasília foi citada como exemplo de como a população valoriza a iluminação de LED e a associa diretamente a uma maior sensação de segurança. “Lojas, farmácias e supermercados são beneficiados pela melhor visibilidade e proteção proporcionadas pela nova iluminação, aumentando a confiança dos consumidores ao frequentar esses locais durante a noite”, reforçou Garcia.

Edison Garcia reforçou o compromisso da CEB com a inovação e a excelência, com o objetivo de oferecer serviços de qualidade aos seus acionistas e à população do Distrito Federal. “Queremos transformar Brasília em uma referência nacional de eficiência energética e qualidade de vida, garantindo que cada cidadão se sinta mais seguro e orgulhoso da sua cidade”, declarou o gestor.

Valorização

R$ 210 milhões

Gastos anuais com energia no DF

Durante o evento, o presidente da CEB lembrou que a iluminação pública é o maior consumidor de energia no DF, com gastos anuais de R$ 210 milhões. “A substituição das luminárias por modelos LED de alta eficiência não apenas reduzirá significativamente esse custo, mas também contribuirá para uma economia energética substancial”, apontou. Outros grandes consumidores de energia incluem a companhia de saneamento e o metrô do Distrito Federal

Um dos outros pontos abordados foi a implementação de telegestão nas luminárias, que permitirá monitorar e controlar remotamente a iluminação pública. Essa tecnologia não só melhora a eficiência energética, como também aumenta a sensação de segurança, já que a iluminação mais eficaz e uniforme inibe atividades criminosas e melhora a visibilidade noturna.

Edison Garcia também enfatizou a importância da iluminação cênica na valorização dos monumentos arquitetônicos de Brasília, que são reconhecidos mundialmente. “A capacidade de alterar a coloração de prédios icônicos como o Congresso Nacional e a Catedral, especialmente em datas comemorativas, tem o potencial de atrair mais turistas e dinamizar a economia local”, exemplificou.  

Normatização

Durante o encontro, o presidente da CEB também falou sobre a necessidade de discutir com cuidado as alterações no normativo regulatório do setor, além de apresentar um panorama sobre os avanços e desafios na modernização da iluminação pública do Distrito Federal. 

“Nós realizamos uma grande licitação para a aquisição de luminárias de 4.000 Kelvin, que é uma luz mais branca e natural”, explicou. “A norma ABNT-51, no entanto, propõe a adoção de lâmpadas de 2.700 Kelvin, que produzem uma luz amarelada, sob o argumento de que a luz branca pode prejudicar a saúde e causar ofuscamento.”

“Precisamos manter a sensação de segurança e a luminosidade adequada, avançando na economia de energia e na recuperação de carbono, como propõe a eficiência energética”

Edison Garcia, presidente da CEB

O gestor citou análises segundo as quais a regulação deve ser cuidadosamente revisada: “Peço à ABNT, ao Inmetro e à indústria que analisem isso com atenção. O Procel já sinalizou aos gestores que a luz amarelada é 30% menos eficiente e consome 30% mais energia. Isso resultará em um escurecimento da cidade, contrariando a expectativa de aumento da luminosidade”.

O presidente da companhia foi além: “A nova norma vai contra a transição energética que buscamos. Com a aplicação da norma, a cidade ficará mais escura, e o consumo de energia aumentará. Deixamos de economizar 50% e passamos a economizar apenas 20%. Precisamos manter a sensação de segurança e a luminosidade adequada, avançando na economia de energia e na recuperação de carbono, como propõe a eficiência energética”.

A CEB

Com 80% do capital social pertencente ao Governo do Distrito Federal e ações listadas na B3, a CEB tem se mostrado um exemplo de valorização e expansão no setor energético. Edison Garcia lembrou que, desde 2019, sob a gestão do governador Ibaneis Rocha, as ações da CEB passaram de R$ 23 para R$ 219 após a privatização da distribuidora. Atualmente, a companhia conta com 9.800 acionistas, um salto expressivo em relação aos 200 acionistas de quatro anos atrás. Em 2023, as ações da empresa valorizaram 30%, refletindo a estabilidade e o potencial de crescimento da CEB.

Durante o seminário, o presidente da CEB detalhou os negócios da companhia: “A CEB foca duas atividades principais: geração de energia e iluminação pública. A empresa opera usinas hidrelétricas em Tocantins, Goiás e no Distrito Federal, e está avançando na implantação da maior usina fotovoltaica do Centro-Oeste, a Mirius Furlan, com capacidade inicial de 100 megawatts e previsão de atingir até 400 megawatts”.

Com relação à iluminação pública, Garcia reforçou que a CEB é pioneira na concessão para uma empresa estatal, lembrando que a companhia optou por uma gestão estatal para garantir a sustentabilidade dos projetos. Diferentemente de muitos municípios que recorreram a parcerias público-privadas (PPPs) por falta de capital, a CEB possui recursos para viabilizar os investimentos necessários, assegurando a manutenção e modernização da infraestrutura energética.

“A empresa está implementando um projeto de 30 anos para modernizar a iluminação pública, substituindo lâmpadas de vapor de sódio por LED, com o objetivo de reduzir significativamente o consumo de energia e os custos operacionais”, ressaltou. “A regulação precisa ser vista com muito cuidado, de forma que a gente não tenha um retrocesso.” 

*Com informações da CEB

Fonte: Agência Brasília

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