O modelo de sucesso dos restaurantes comunitários do Distrito Federal tem a chance de atravessar o oceano e ser replicado na África. O embaixador de Moçambique, Jacinto Januário Maguni, visitou a recém-inaugurada unidade do Sol Nascente/Pôr do Sol, nesta terça-feira (22). Ciceroneado pela primeira-dama Mayara Noronha Rocha, o diplomata conheceu toda a estrutura responsável por servir uma média de 2.500 refeições por dia.
Localizado na Quadra 105 do Trecho 2, o novo Restaurante Comunitário abriu suas portas no último dia 14 – em sete dias de funcionamento, cerca de 20 mil pratos foram servidos, entre café da manhã, almoço e jantar. A estrutura oferece salão equipado com mesas e cadeiras, cozinha industrial, área de armazenamento de alimentos, câmara de resfriamento e congelamento e sala de nutrição, entre outros setores.
“Os restaurantes comunitários levam segurança alimentar para a população em situação de vulnerabilidade. Nessa visita, mostramos como funciona a cozinha, como os funcionários servem a população, como os alimentos são dispostos, falamos sobre precificação”, contou Mayara Rocha. “O embaixador demonstrou muito interesse. É um orgulho ver uma política pública do Governo do Distrito Federal tomando proporções intercontinentais”, destacou.
Admirado com a satisfação dos usuários do restaurante comunitário, Maguni reafirmou o desejo de implantar o modelo em Moçambique. “É um desafio que queremos vencer”, disse. “Não é fácil, atualmente, um cidadão fazer uma refeição com R$ 15, R$ 20. Aqui, ele paga R$ 2 por dia para ter três refeições completas. É um projeto que queremos levar para nosso país”, garantiu.
A secretária adjunta de Desenvolvimento Social, Renata Marinho, ressaltou que o GDF tem trabalhado para ampliar e garantir a qualidade dos restaurantes comunitários. “A gente sabe o que isso representa na vida das pessoas em situação de vulnerabilidade social”, observou. “Poder oferecer três refeições diárias, nutricionalmente balanceadas, a R$ 2 é muito gratificante. E ver esse filho ganhar fronteiras é mais gratificante ainda”, pontuou.
Moçambique não é o único país a se interessar por essa ferramenta de combate à insegurança alimentar. De acordo com o secretário de Relações Internacionais, Paco Brito, outras três nações africanas já solicitaram uma visita aos restaurantes comunitários. “Eles querem trocar informações para, quem sabe, levar essa experiência para seus países. É um case de sucesso”, avaliou.