Encontro debateu temas como racismo e violência nas escolas
Por Andressa Rios, Ascom/SEEDF
Desde a década de 60, a Conferência dos Educadores do Distrito Federal se reúne para abordar temáticas relevantes e presentes na rede pública e particular de ensino. Na 18ª edição, realizada nesta terça-feira (8), na sede da Secretaria de Educação do DF (SEEDF), o tema foi “Gestão Escolar – Da Regulação às Práticas”. O evento reuniu conselheiros, professores e gestores de escolas públicas e privadas do DF.
Inicialmente, a mesa foi composta pelo presidente do Conselho de Educação, Álvaro Moreira, pela vice-presidente do Conselho, Solange Foizer, e pela subsecretária de Educação Básica da SEEDF, Iêdes Braga, que saudaram todos os presentes e ressaltaram a importância de colocar em prática as regulações atuais no ambiente escolar. Iêdes destacou a relevância do trabalho de cada profissional para o funcionamento de todo o processo.
“O tema central desta conferência, que é a gestão escolar, da regulação à prática, nos convida a uma profunda reflexão sobre o papel de cada um de nós nesse processo. Uma gestão educacional precisa sim ter uma gestão técnica e ao mesmo tempo humanizada, porque nós lidamos com seres humanos que carecem muito do nosso olhar cuidadoso e da nossa atuação. Ainda mais lidando com um público muito vulnerável pós-pandemia”, enfatizou.
Além de debater sobre como colocar em prática a regulação, o evento também promoveu uma mesa-redonda sobre o enfrentamento ao preconceito, ao racismo, à violência e à discriminação nas escolas. A discussão contou com a apresentação do conselheiro, Wilson Barboza, integrante do Conselho Distrital de Promoção de Igualdade Racial; do professor Erasto Fortes, coordenador-geral de Políticas Educacionais em Direitos Humanos do Ministério da Educação e da vice-presidente do Conselho de Educação do DF, Solange Foizer.
Solange salientou a importância da representatividade de negros nas equipes de gestores, professores e estudantes das escolas, além de apresentar propostas para uma educação antirracista, como: currículo inclusivo, formação continuada dos profissionais de educação e a criação de espaços seguros.
Wilson Barboza abordou a cultura de paz nas escolas e ressaltou o diálogo e mediação em vez do uso da força. Já Erasto Fortes falou sobre a educação em Direitos Humanos nas escolas e na orientação para a construção de projetos pedagógicos.
Relevância
O encontro ainda contou com a palestra “Inteligência Artificial na Educação: Benefícios e Desafios” do professor do Instituto Federal de Brasília, Marcos Ramon Ferreira. Além da apresentação das notas técnicas do Conselho de Educação publicadas no 2º semestre de 2024.
O presidente do Conselho de Educação, Álvaro Moreira, frisou sobre a relevância da Conferência. “É importante criar um momento de reflexão para a comunidade escolar, mais especificamente, para os gestores educacionais e professores. Os temas aqui discutidos normalmente emergem nas escolas”, disse. Álvaro destacou ainda o papel do projeto pedagógico das unidades escolares. “Mais do que um documento formal para o credenciamento da escola, o projeto pedagógico deve nortear as ações concretas da escola no seu dia a dia”.