Professores debateram boas práticas e compartilharam experiências
João Pedro Eliseu, Ascom/SEEDF
Nesta quarta-feira (19), a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) realizou o 1º Encontro Pedagógico Formativo de Educação de Jovens e Adultos (EJA) Interventiva. Com a presença de diversos professores da EJA, o encontro tinha como principais objetivos discutir os desafios da modalidade educacional e apresentar prerrogativas legais de atuação, além de discutir estratégias pedagógicas e compartilhar experiências de sala de aula.
Durante as apresentações, foram abordados temas como as premissas para caracterizar um caso como caso de EJA Interventiva e também a realização regular dos Estudos de Caso. O Estudo de Caso é uma atividade primordial para que os educadores elaborem planos de ação direcionados, personalizados e efetivos para o desenvolvimento e o aprendizado dos alunos.
“O Estudo de Caso é o momento pedagógico de reunião dos profissionais em que se estabelece um olhar transversal para o caso de cada aluno”, afirma Lídice Dourado, professora e psicóloga da Secretaria de Educação, palestrante do encontro.
Além disso, outra atividade importante da EJA interventiva é a Adequação Curricular. Adequar o currículo de cada estudante é um processo complexo que envolve um conjunto de fatores como a elaboração de estratégias, o estabelecimento de objetivos, o acesso e produção de instrumentos e a avaliação da situação pedagógica de cada aluno. A ferramenta permite ajustes no percurso pedagógico para que as potencialidades de aprendizado de cada aluno sejam desenvolvidas e seus limites sejam também respeitados.
Uma enturmação adequada do estudante também é crucial para o permanecimento do aluno e para sua progressão na jornada educacional. Durante o encontro, foi reforçada a necessidade de uma razoabilidade da adaptação dos estudantes na EJA. Por isso, um estudante pode ficar de 2 a 4 anos em um segmento. “No entanto, não podemos perder o aspecto pedagógico como a finalidade maior da EJA interventiva”, reforça a professora e psicóloga.
Educação de Jovens e Adultos Interventiva
A Educação de Jovens e Adultos, de maneira geral, é uma modalidade de ensino diversificada e inclusiva na busca pela universalização da educação. A EJA interventiva é uma modalidade de EJA direcionada a estudantes com Necessidades Educativas Especiais (NEE), como alunos portadores de quaisquer deficiências físicas, intelectuais, sensoriais ou Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ela é dividida em dois segmentos e propõe um atendimento ainda mais personalizado e inclusivo, levando em consideração as realidades singulares de cada aluno.
Tanto a EJA Regular e EJA Interventiva, embora distintas em suas metodologias, convergem em um objetivo central: garantir o direito à educação para todos, independentemente de idade, condição social ou necessidades especiais. Cada modalidade oferece um caminho para a formação, o desenvolvimento pessoal e a construção de um futuro promissor.