Alunos aprendem sobre sustentabilidade e preservação nas unidades de proteção ambiental de Brasilia
Por Jak Spies, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto
Entre as diversas formas de aprendizado, a educação ao ar livre é uma ferramenta poderosa para moldar cidadãos mais zelosos com o meio ambiente. Este é um dos principais focos do programa Parque Educador, desenvolvido no DF pelo Instituto Brasília Ambiental em parceria com as secretarias de Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema) e de Educação (SEE).
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Com o celular e a tecnologia, a gente nota que eles sentem falta da natureza, então temos um momento da aula e um momento de brincar, onde o espaço é muito maior do que o pátio da escola.❞ Ana Angélica Alves Felix, educadora ambiental
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Por meio do projeto, os alunos da rede pública de ensino podem aprender na prática os conteúdos abordados nas salas de aula durante as atividades realizadas nas unidades de conservação. Além de profissionais capacitados disponibilizados pela SEE, o programa oferece infraestrutura e transporte para os alunos até os parques ecológicos.
Nesta semana, 30 alunos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 1 do Guará visitaram o Parque Ecológico de Águas Claras e aprenderam sobre os temas relacionados à fauna e flora, além de conteúdos previstos na grade escolar.
Aprendizado reforçado
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A gente sai do abstrato de sala de aula e tem contato com o bioma. É um projeto muito bacana que só tem a acrescentar para as nossas aulas.❞ Iohana Rodrigues dos Reis, tradutora de Libras
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A educadora ambiental Ana Angélica Alves Felix, que acompanhou a turma, ficou entusiasmada. “A gente percebe o carinho deles com o projeto”, afirmou. “Com o celular e a tecnologia, a gente nota que eles sentem falta da natureza, então temos um momento da aula e um momento de brincar, onde o espaço é muito maior do que o pátio da escola”.
Também presente à atividade, a professora e tradutora de Libras Iohana Rodrigues dos Reis lembrou a importância do contato direto com a natureza: “Para o meu aluno que é surdo, esse projeto foi fundamental e nesse momento está sendo muito mágico, porque a gente sai do abstrato de sala de aula e tem contato com o bioma. É um projeto muito bacana que só tem a acrescentar para as nossas aulas”.
A estudante Luciana Ohana, 11, que não conhecia o Parque de Águas Claras, reforçou a fala da professora: “Aqui a gente pode aprender mais. Na sala de aula eles podem levar até foto das árvores, mas os alunos vão ter que imaginar, não vão conseguir visualizar como aqui”.
Experiência enriquecedora
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O parque é o nosso patrimônio natural.❞ Rafael Costa Barreto, aluno do CEF 1 do Guará
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Rafael Costa Barreto, 11, também gostou de participar: “É uma experiência muito diferente da sala de aula. É mais legal, dá para brincar, mas também aprender. Não que eu não consiga aprender na sala, mas consigo entender e aprender aqui melhor do que lá”.
Rafael falou também sobre o novo conceito que aprendeu na aula sobre patrimônios: “Os materiais são aqueles patrimônios que a gente pode ver, tocar e sentir. O imaterial é como se fosse uma herança de família ou alguma receita. E o patrimônio natural, que é de todo mundo, é o patrimônio da natureza. O parque é o nosso patrimônio natural”.
Vinícius Ismael, 11, convive com espectro do transtorno autista e fez questão de ressaltar o quanto gostou do parque: “Eu aprendi muita coisa. Esse parque é muito legal, ótimo para ir em família, é muito divertido. Eu não consigo nem descrever como essa experiência foi boa. Acabei me impressionando com cada detalhe”.
Visitas
Em 2023, o Parque Educador prestou 16.475 atendimentos, contemplando mais de 4,2 mil alunos. As visitas ocorreram em sete unidades de conservação, e as escolas podem se inscrever por meio do site do Brasília Ambiental.
Renovado no início deste mês por meio de um Termo de Cooperação Técnica (TCT), o projeto leva crianças da rede pública de ensino a passeios em unidades de conservação ambiental no DF, onde elas participam de atividades voltadas à conscientização ecológica.
Os cenários desse aprendizado são os parques de Águas Claras, Riacho Fundo II, Três Meninas (Samambaia), Saburo Onoyama (Taguatinga), Sucupira (Planaltina), Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae), também em Planaltina, e Monumento Natural Dom Bosco (Lago Sul).