Curso do Detran-DF em parceria com a SEEDF entregou 432 certificados para os profissionais da educação
Josiane Borges, da Agência Brasília | Edição: Igor Silveira
Neste ano, mais de 1.300 professores da rede pública do Distrito Federal foram formados pelo Programa Detran nas Escolas – curso “Mobilidade e Trânsito” –, oferecido pelo Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) em parceria com a Secretaria de Educação (SEEDF). Nesta quinta-feira (23), 432 educadores receberam o certificado de participação durante a cerimônia de encerramento do 12º ciclo do curso de formação.
O curso, com carga horária de 120 horas-aula, capacita os educadores para integrar nas práticas pedagógicas em sala de aula a temática “Educação para o Trânsito”, com o objetivo de formar multiplicadores de assuntos relacionados à mobilidade urbana, segurança viária e a paz. As aulas foram realizadas na modalidade a distância, com encontros virtuais e presenciais.
“Os cursos são voltados para os profissionais desde a Educação Infantil até as turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O nosso grande objetivo é despertar nos professores a consciência para o trânsito. Entregamos no início e ao final do curso um material educativo para ser utilizado em sala de aula. Isso facilita a formação de multiplicadores, tendo em vista que cada professor impacta, em média, 25 alunos e esses, pelo menos, três familiares. Então, a multiplicação social dos conceitos é um número muito positivo”, destaca o gerente da Escola Pública de Trânsito do Detran-DF, Marcelo Granja.
A assessora da Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (EAPE), Maria Cristina Carvalho, destacou a importância da capacitação para os professores. “É uma parceria em conjunto para formar os professores e levar a educação no trânsito para todas as idades escolares. E quem ganha com isso são as crianças, jovens e os pais que são impactados pelo conhecimento, e ganha mais ainda é a sociedade”, salienta.
Materiais didáticos
Ao final do evento, os educadores receberam certificados de participação. As instituições de ensino receberam uma placa de escola participante, além da entrega de kits e material educativo para utilização nas aulas, sendo um kit de jogos para Educação Infantil e um kit de livros – contendo livro do professor e do aluno – para os anos iniciais do Ensino Fundamental.
Uma das profissionais que estava recebendo a certificação, a professora do 1º ano da Escola Classe 65 de Ceilândia, Horma Almeida, destaca a amplitude do projeto e a relevância dele para o ensino nas salas. “O material chamou a atenção dos alunos; eles ficaram próximos da realidade dos estudantes e, durante o curso, a temática mobilidade e trânsito, na sua amplitude. Apresentamos a visão do motorista, do pedestre, do passageiro e da acessibilidade”, conta. Ela acredita que o ensino será um diferencial para o futuro dos estudantes. “Com o trabalho feito, acredito que as minhas crianças terão uma visão ampla do trânsito; elas vão crescer sabendo que o trânsito vai além das placas”, completa Horma.
Levar a realidade do trânsito para as crianças e adolescentes também foi ressaltado pela professora das séries iniciais Lorena Christyane. Para ela, que ingressou nas aulas após a recomendação de colegas, a vivência mais próxima da realidade dos estudantes facilitou o ensino. “É a vivência da comunidade para dentro da sala e vice-versa, e o que eles aprendem na escola, as crianças levam para casa, e toda essa troca gera aulas mais didáticas e interessantes. Trabalhamos a mobilidade, os meios de transportes, as sinalizações, tudo de maneira lúdica e atrativa”, afirma.
A chefe de gabinete da Diretoria do Departamento de Trânsito, Carolina Rodrigues Kohlrausch, que participou do evento representando o diretor-geral, Takane Kiyotsuka, afirmou que o órgão já está preparando os próximos ciclos de capacitação. “Temos a previsão do 13º e 14º ciclo para o ano de 2024; é uma parceria que funciona e permanece. As nossas gerações estão cada vez mais exigentes e informadas, e precisamos preparar os professores para lidar com alunos que vivenciam o trânsito o tempo inteiro”, finaliza.
