Resultado reflete o investimento da Pasta nos programas de recomposição das aprendizagens
Por Ícaro Henrique, Ascom/SEEDF*
O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, nesta quarta-feira (14/8), o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) 2023. De acordo com o indicador, o Distrito Federal alcançou 6,4 pontos nos anos iniciais do Ensino fundamental (1º ao 5º), ficando acima da meta nacional de 6 pontos. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, participou da coletiva de divulgação dos dados de 2023 e comentou o desempenho do DF.
Para Hélvia, o bom resultado nos anos iniciais do Ensino Fundamental reflete o investimento da Pasta nos programas de recomposição das aprendizagens. O Distrito Federal implementou o Alfaletrando para promover a alfabetização e o letramento infantil e o Programa SuperAção, que oferece um Plano de Atendimento para estudantes com incompatibilidade entre idade e ano escolar.
❝Desde 2022, temos focado na recomposição das aprendizagens de nossos estudantes. Entendemos que esse processo levará algum tempo para gerar resultados concretos. O plano estratégico para 2023-2027 inclui ações direcionadas à melhoria da aprendizagem.❞
Hélvia Paranaguá, secretária de Educação
“Desde 2022, temos focado na recomposição das aprendizagens de nossos estudantes. Entendemos que esse processo levará algum tempo para gerar resultados concretos. O plano estratégico para 2023-2027 inclui ações direcionadas à melhoria da aprendizagem”, declarou.
A gestora reconhece que há desafios para os próximos anos já que nos anos finais (6º ao 9º) do Ensino Fundamental, o DF alcançou 5 pontos, mesmo índice nacional, e o Ensino Médio registrou 4,2 pontos, ficando abaixo do índice do Brasil, de 4,3. “Esse resultado dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio servem como alerta para o DF, mas é preciso lembrar que no ano passado não houve aprovação automática de alunos como no Ideb anterior“, destacou.
Hélvia ainda destaca que um maior envolvimento da comunidade escolar com a avaliação é fundamental para refletir um cenário real. Este ano, cerca de 6 mil provas foram preenchidas indevidamente, o que compromete o resultado final da avaliação.
“Apesar de já termos notado uma melhora na participação, buscamos um maior engajamento da comunidade para que nossos estudantes possam realizar a prova de forma mais eficaz e alcançar um desempenho significativo para suas escolas.”, afirmou a secretária de Educação do DF.
Além disso, a criação de um sistema permanente de avaliação permitirá o monitoramento das aprendizagens por meio de avaliações internas e externas. A Prova DF, prevista para este segundo semestre, visa avaliar a qualidade da educação no sistema de ensino do DF.
Divulgação
A divulgação dos dados foi feita pelo ministro de Educação, Camilo Santana, pelo presidente do Inep, Manuel Palácios, e pelo diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Moreno. O evento contou com a presença de secretários estaduais, educadores e jornalistas.
“Esse é o mais importante indicador educacional da educação básica no nosso país, já que ele mede os resultados e a efetividade das nossas políticas públicas nesta etapa de ensino”, disse o ministro de Estado da Educação, Camilo Santana.
“Assim, ele funciona como um norte para as tomadas de decisões na educação básica, determinando o que deve ser melhorado no ensino e garantindo que a construção dos programas e das iniciativas seja feita de forma a assegurar o atendimento das necessidades da população”, explicou.
O Ideb é composto pelos resultados das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e pelos dados de aprovação, reprovação e abandono aferidos no Censo Escolar.
Diagnóstico
O Ideb é composto pelos resultados das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e pelos dados de aprovação, reprovação e abandono aferidos no Censo Escolar. São divulgados apenas os resultados das escolas que registraram, no mínimo, dez estudantes presentes às provas do Saeb por ano/série e que, concomitantemente, tenham participação de, pelo menos, 80% dos matriculados realizando os exames.
Fizeram as provas de Língua Portuguesa e Matemática, de forma censitária, estudantes do 5º e do 9º ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio da rede pública. A rede privada é avaliada por amostragem.
*Com informações do Ministério da Educação