A EC Santa Helena recebeu a abertura da exposição, que passará por outras escolas no retorno do recesso escolar
Redação, Ascom/SEEDF*
Para ensinar e promover a preservação da biodiversidade do Cerrado, escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal apostam em uma forma diferente para atingir os alunos. Desde junho, as unidades escolares recebem a exposição de arte itinerante “Cerrado Vivo” do renomado artista e biólogo Carlos Alvarez para uma tarde de atividades diferentes com direito a contação de histórias. O projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.
A exposição Cerrado Vivo visa promover a preservação da biodiversidade do Cerrado por meio das ilustrações autorais do artista Carlos Alvarez. Com obras que retratam de forma única e realista a fauna do bioma, o projeto utiliza a arte como poderosa ferramenta de conscientização, estimulando a conexão emocional com a natureza.
A exposição já passou por algumas escolas de Sobradinho e Planaltina. Houve contação de história e a confecção e doação para as escolas de jogos da memória e quebra-cabeças, baseados nas obras do artista. A primeira escola que recebeu a exposição foi a Escola Classe (EC) Santa Helena, ainda no início de junho.
Segundo a coordenadora Leidiane Freitas, a escola sempre busca parcerias para trabalhar a pauta do meio ambiente, fortalecendo uma cultura de cuidados com o planeta. Por ser uma escola do campo, a EC Santa Helena já desenvolve um trabalho para conhecimento, preservação do Cerrado e voltado também para a educação ambiental.
“Temos uma parceria com o Parque Nacional de Brasília, com a exposição permanente do trabalho da Escola Classe Santa Helena lá”, comenta a diretora da EC Santa Helena, Isabel Reis. A coordenadora Michelle Campelo comenta o objetivo é alcançar mudanças de posturas de toda a comunidade escolar. “Que as sementes plantadas no chão de nossa escola reverberem não só aqui, mas ultrapassem nossos muros”, disse.
Preservação
A intenção da exposição é conscientizar sobre a importância do bioma e mostrar aos alunos que o perigo de extinção é real. “O Cerrado é fonte de água das principais bacias hidrográficas do país. E apesar disso tudo, ele está desaparecendo num ritmo alucinante, muito mais rápido do que os especialistas previam”, declarou Carlos.
“Por conta da minha formação como biólogo, como conservacionista, a gente pensou nessa exposição e levar para as escolas, na tentativa de conscientizar futuras gerações e trazer esse tema para discussão, porque inclusive pesquisa recente mostra que 70% dos brasileiros não sabem da importância do Cerrado como fonte de água. Além disso, uma porcentagem semelhante não sabe simplesmente definir o que é Cerrado, o que é uma coisa triste para alguém que mora dentro do bioma”, lamenta o artista.
A técnica usada para produzir as ilustrações da rica fauna do Cerrado, algumas representadas em tamanho natural, é com giz pastel. Uma técnica pouco utilizada pelos artistas brasileiros porque é trabalhosa e de difícil manuseio, segundo o artista. “É uma técnica muito fixa, mas eu acho que dá um colorido bonito e são tons da maioria dos animais do cerrado”, comenta Carlos.
Com o retorno das aulas, após o recesso escolar de julho, outras escolas vão receber a exposição. Veja a lista:
▸ 29/7 a 9/8 | Escola Classe 11 – Sobradinho I
▸ 19/8 a 29/8 | Centro de Ensino Fundamental Queima do Lençol – Fercal
▸ 3/9 a 13/9 | Centro de Educação da Primeira Infância Araçá – Mirim – Sobradinho I
▸ 17/9 a 26/9 | Centro de Ensino Fundamental 07 – Sobradinho II
▸ 1/10 a 10/10 | Escola Classe 15 – Planaltina
▸ 22/10 a 31/10 | Escola Classe 14 – Planaltina
▸ 2/12 a 13/12 | Biblioteca Nacional de Brasília – Exposição aberta ao público
*Com informações de Lydiane Prieto, CRE/Sobradinho