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Escolas públicas do DF participam de fase distrital da Olimpíada Brasileira de Robótica

Equipes de diversas escolas da rede pública de ensino do DF receberam prêmios na competição

Lunde Braghini, Ascom/SEEDF

 

 

Enquanto atletas brasileiros disputavam as últimas medalhas olímpicas em Paris no último final de semana, alunos de escolas públicas do Distrito Federal também encararam, no sábado (10), uma competição por uma vaga na fase nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). O evento, que aconteceu no ginásio do EduSesc, em Taguatinga Norte, definiu os finalistas da modalidade prática da OBR, que participarão da fase nacional, realizada em Goiânia, em novembro.

 

A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, esteve presente no evento e destacou três pontos ao falar sobre a importância da realização da olimpíada de conhecimento. “A primeira coisa boa da Olimpíada de Robótica é gerar no aluno esse desejo de avançar no conhecimento, de conhecer esse novo eixo do saber, que é a robótica, e que envolve todos os aspectos da formação geral básica. Um segundo ponto é a competição saudável. Isso é muito bom, o desejo de ganhar, de competir, de fazer o melhor projeto“, destacou.

 

Em terceiro lugar, a secretária indica o momento de congregação como outro ponto positivo do evento.”Essa competição permite aos alunos interagirem com outras escolas públicas e privadas no Distrito Federal. Então, são vários fatores quem fazem com que a gente apoie um projeto dessa magnitude”, reforçou.

 

A gerente de Programas e Ações Transversais da SEEDF, Raquel Vila Nova Lins, destacou a participação de escolas públicas na fase distrital. “Este ano nós temos equipes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 1 Gama, do Centro de Ensino Médio (CEM) 3 Gama e do CEF 1 Paranoá. A previsão é que a gente amplie cada vez mais a participação dos nossos estudantes e da rede pública de ensino”, disse Raquel.

 

Modalidades

 

O objetivo da OBR é integrar a robótica e a inteligência artificial aos componentes curriculares da educação básica. Na competição, há modalidade teóricas e modalidades práticas. Estas se dividem em robótica de resgate, robótica artística, que está sendo disputada pela primeira vez, e robótica virtual (que não fez parte da competição).

 

As disputas envolvem estudantes de todas as idades. São 3 níveis: “N0”, para alunos do 1º ao 3º ano do ensino fundamental; “N1”, para alunos de 1º a 8º ano; e “N2”, para 8º e 9º anos, e todos os anos do ensino médio ou técnico.

 

Pela manhã, as competições dos níveis N0 e N1 já começaram com um grande público de familiares de competidores, técnicos, tutores auxiliares, amigos e curiosos. Parece fácil montar e programar robôs para se deslocarem em linha reta, fazerem curvas, superar obstáculos, distinguir pessoas vivas e mortas representadas por bolinhas prateadas e pretas, mas são desafios que envolvem domínio de múltiplos saberes.

 

 

O desafio não é diferente de fazer um Tesla acertar”, comparou a coordenadora nacional das olimpíadas Brasileira de Robótica, Sarah Rossiter. Presente desde o início, ela veio do Rio Grande do Norte para acompanhar a etapa distrital. Em seu estado, Sarah coordena um Espaço Maker no Instituto Federal do Rio Grande do Norte.

 

Segundo a coordenadora, uma das dificuldades tem a ver com os sensores, pois a prática dos estudantes com os robôs é feita, em geral, sob a luz artificial das salas e os sensores podem se confundir em ambientes com a variação de incidência da luz solar.

 

Desempenho da rede pública

 

As rodadas permitem que as equipes se reúnam e reflitam sobre o que não deu certo e, com esse retorno, introduzam as correções necessárias. João Wictor, integrante da Equipe Águias juntamente com Samuel e Arcanjo, explicava que a superfície lisa de madeirite estava prejudicando a adesão das rodas e que a equipe teve que pensar rapidamente em soluções para buscar mais atrito.

 

Falcões (6º ano), Águias (7º ano) e Gaviões (8º ano) são todos nomes de equipes de alunos do CEF 1 Gama, onde o pai de Samuel, Nilson Alvernaz, acabou se somando aos professores Edneusa Peteira e Renato de Carvalho para levar adiante o sonho robótico em uma escola pública.

 

Este ano viemos mais para conhecer, mas ano que vem estaremos fortes”, disse Nilson. Uma prova de que a equipe está no caminho certo foi o alcance do Prêmio Especial de Programação, conferido às Águias. As outras equipes da mesma escola também receberam premiações, como o Prêmio Especial de Melhor Design de Robô, dado à equipe Falcões, no Nível N2, e os Gaviões levaram o terceiro lugar na programação da manhã.

 

A tarde também reservou reconhecimento para duas outras escolas públicas. O CEF 1 Paranoá recebeu o Prêmio Especial de Programação, enquanto o CEM 3 do Gama, além de receber o Prêmio Especial Maker, conferido para a Equipe Skeletrons, também foi reconhecido com a escolha de melhor escola pública pelo desempenho da Equipe Elite Tech.

 

Fase nacional

 

Os representantes do Distrito Federal na fase nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica ficaram definidos. Na modalidade artística, nível N1, equipe Criações Cósmicas (Colégio Objetivo); nível N2, Tiger Bot (EduSesc). Na modalidade resgate, Equipe Umet Fátima (Colégio Nossa Senhora de Fátima), nível N1, e Equipe Tiger Bot (EduSesc), nível N2. A etapa nacional da OBR será disputada em Goiânia, de 11 a 17 de novembro de 2024.

 

Olimpíada Brasileira de robótica.

 

 

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do DF

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