Cerca de duas mil pessoas prestigiaram a grande final da competição nesta sexta-feira (1º)
Soraia Cantanhede, Ascom/SEEDF
A melhor receita da alimentação escolar do DF em 2023 é o Escondidinho a cara do Cerrado, uma receita simples feita com carne suína e queijo. O prato, elaborado pela merendeira Rosana Leite Pacheco do Centro de Ensino Fundamental 19 de Taguatinga venceu a 2ª edição do concurso Sabor de Escola, após disputa acirrada. A merendeira foi premiada em uma cerimônia de grande emoção e expectativa na manhã desta sexta-feira (1º).
O 2º lugar ficou com a deliciosa feijoada escolar, da Escola Classe 501 de Samambaia, e o 3º lugar ficou com o peixe ao molho branco com creme de maracujá, do Centro de Ensino Médio Júlia Kubitscheck. As demais receitas ficaram empatadas no 4º lugar.
A grande vencedora trabalha como merendeira há cinco anos e elaborou o prato pensando em uma forma de fazer as crianças aceitarem melhor a carne de porco. “É uma carne nutritiva, mas com aceitação nem tão boa. Agora, tenho certeza que eles vão comer melhor”, diz. “Eu queria muito, mas não esperava vencer. Que bom que gostaram do prato”, acrescenta.
Cerca de duas mil pessoas estiveram presentes na final do concurso, dentre profissionais da educação, estudantes, representantes da sociedade e imprensa.
| —
❝Educação se faz com parceria. Essa final é prova disso e estamos muito felizes com a grandiosidade que o concurso Sabor de Escola se tornou❞ Hélvia Paranaguá
|
O Sabor de Escola se consagra como um dos eventos mais importantes do calendário escolar da SEEDF, pelo conjunto de valores que representam e atores envolvidos: o merendeiro, o protagonismo da alimentação escolar, os trabalhadores da agricultura familiar e todos os profissionais que contribuem para o sucesso da merenda escolar no DF.
Para a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, a “competição é uma grande alegria. A educação se faz com parceria. Essa final é prova disso e estamos muito felizes com a grandiosidade que o Concurso Sabor de Escola se tornou. E poder prestigiar essas merendeiras aqui hoje é, sem dúvida, uma imensa satisfação.”
Finalistas e Prêmio
O 1º colocado ganhou um prêmio no valor de R$ 9 mil, o 2º recebeu o valor de R$ 5,3 mil, o 3º lugar conquistou R$ 4,2 mil e os demais finalistas receberam o valor de R$ 2,7 mil cada um.
Os oito finalistas receberam, ainda, a consagração de merendeiros para chefes de cozinha, num gesto simbólico, em que todos ganharam a doma, a roupa típica utilizada pelos grandes chefes culinários.
Veja abaixo a lista com os pratos finalistas nessa 2ª edição do concurso Sabor de Escola:
Rosana Leite Pacheco
Prato: Escondidinho a cara do Cerrado
Escola: Centro de Ensino Fundamental 19 de Taguatinga
Ivailda Geralda De Jesus
Prato: Feijoada escolar
Escola: Escola Classe 501 de Samambaia
Sebastiana Félix de Oliveira
Prato: Peixe ao molho branco com creme de maracujá
Escola: Centro de Ensino Médio Júlia Kubitscheck (CRE Núcleo Bandeirante)
Angélica Alves Rabelo
Prato: Mousse de maracujá com geleia de morango
Escola: Escola Classe Almécegas de Brazlândia
Maiara Ferreira Mesquita
Prato: Bobó de peito de frango com arroz
Escola: Centro Educacional 104 do Recanto das Emas
Ivone Lemos Cordeiro de Souza
Prato: Feijoada serrana
Escola: Escola Classe 16 de Sobradinho
Mar-Lucy Pereira da Silva
Prato: Paleta suína à savana brasileira
Escola: Escola Técnica de Planaltina
Ana Paula Cardoso Silva
Prato: Rocambole de carne com purê de mandioca
Escola: Centro de Ensino Médio 01 de Planaltina
Concurso Sabor Escola
O concurso Sabor de Escola é uma idealização da Subsecretaria de Apoio às Políticas Educacionais (SUAPE), por meio da Diretoria de Alimentação Escolar (Diae), com apoio das Coordenações Regionais de Ensino (CREs). Além disso, conta com a parceria, sem vínculo financeiro, da Universidade Católica de Brasília, e com apoio financeiro da Empresa G&E Serviços Terceirizados.
Nessa segunda edição do concurso, as competições começaram em setembro e reuniram 305 merendeiras das 14 CREs do DF.
Um dos principais objetivos da competição é dar destaque a esses profissionais que engrandecem a educação pública do DF, além da promoção de uma alimentação saudável nas escolas, bem como incentivar a criatividade das merendeiras da rede.
A competição anual encoraja os participantes a explorarem novos sabores e apresentarem receitas únicas e deliciosas, considerando critérios como valor nutricional, apresentação, sabor e originalidade. As receitas, obrigatoriamente, deveriam contar com os ingredientes e produtos exclusivamente presentes no Programa de Alimentação Escolar do DF (PAE-DF).
Além disso, um dos critérios para alavancar a pontuação no concurso, é que receitas preparadas com frutos do Cerrado ou ingredientes produzidos a partir deles ganhavam pontos a mais. O edital do Sabor de Escola listou cinco frutos que, caso utilizados, colocaria os competidores à frente dos demais: jatobá, buriti, caju, maracujá e mandioca amarela. O intuito é apresentar aos estudantes alimentos nativos cultivados no Centro-Oeste, já que a Secretaria de Educação pretende incluir frutos do Cerrado na alimentação escolar.
