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Centro Educacional do Lago promove concurso de literatura preta  

Estudantes produziram contos abordando a Semana da Consciência Negra

Por Andressa Rios, Ascom/SEEDF

 

 

O Centro Educacional do Lago (CEL) realizou, na última quinta-feira (21), o 1º Concurso de Literatura Preta. O evento teve como objetivo promover a cultura afro-brasileira por meio da produção de contos e aconteceu durante a Semana da Consciência Negra, que contou com diversas atividades. Entre elas, uma mostra cultural apresentou poesias, livros de autores negros, além de oficinas de marcenaria e cerâmica.

 

O conto vencedor do concurso foi Lápis Cor de Pele , escrito por Sophia Marques, aluna do segundo ano. Também receberam destaque os contos O Brilho que Reluz, O Poder da Minha Cor e A Pele que Me Veste. Sophia abordou no texto o desconforto vivido por muitas meninas negras pela falta de representação em materiais escolares, como lápis de cor para tons de pele negra.

 

Meu conto é sobre uma garota sudanesa que pede emprestado um lápis cor de pele, mas o lápis não é da cor da pele dela, pois a menina é negra. Então eu envolvi tudo que pudesse representar aquela personagem e muitas meninas também”.

 

Sophia afirma que mesmo se ela não ficasse entre as primeiras colocações, sabe que fez um bom trabalho. “Quando eu terminei de escrever, eu falei assim: nossa ficou muito bom! Eu tô muito orgulhosa de mim”.

Atividades

 

Na mostra cultural, os estudantes do CEL fizeram uma roda de poesias da cultura afro-brasileira, pintaram quadros, produziram potes e máscaras africanas feitas de cerâmica, produziram fanzines sobre acessibilidade, temas indígenas, que são formas artesanais e simples de poder se expressar, como se fossem pequenos folhetos. Também foi realizada oficina de marcenaria, na qual os alunos produziram bancos, mesas, peças de decoração e muito mais.

 

 

A professora de Educação Física, Luciana Menino, explicou como começou a oficina. “Fizemos algumas gincanas no colégio e uma das provas era a revitalização dos espaços do CEL. Como também sou carpinteira, trouxe minhas ferramentas de casa e ensinei os alunos a fazerem redários, mesas, cadeiras, bancos, de madeira, pneu. O objetivo é eles olharem para as coisas que parecem perdidas e ressignificar.

 

Além das oficinas, a programação incluiu o lançamento de foguetes, apresentações musicais, contação de histórias, exibição de filmes e peças teatrais. O diretor do CEL, Vitor Rios, ressaltou a importância da pedagogia de projetos. “Esse é o momento em que todos podem ver o que foi produzido na escola ao longo do semestre. Para mim, isso é a essência da pedagogia de projetos: metodologias ativas que colocam o aluno no centro do aprendizado, com participação prática e envolvimento real.

 

 

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do DF

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