O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou, em pronunciamento nesta segunda-feira (23), a postura da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação a descriminalização do aborto. O parlamentar afirmou que a organização tenta impor, desde os anos 90, a agenda do aborto às nações do mundo, querendo transformar a prática em um direito humano.
— É um ataque covarde, um assassinato de uma criança indefesa a sangue frio. Como é que vem falar, ONU, em direito humano? Isso é um atentado, inclusive, à nossa soberania nacional, ainda mais quando a maioria do povo brasileiro, mais de 85%, é contra essa prática nefasta.
Girão destacou que o Congresso Nacional realizou audiências públicas em que vários especialistas mostraram que grandes fundações internacionais, como Rockefeller, Ford e MacArthur, tentam exercer, há décadas, o controle de natalidade por meio da agenda do aborto. Segundo o senador, essas fundações e organismos internacionais, incluindo a ONU, consideram a interrupção da gravidez como uma forma eficaz de controle populacional.
O parlamentar afirmou que a pressão da ONU por essa pauta vem se intensificando e que a imprensa brasileira é favorável ao organismo internacional. Girão ressaltou que o Comitê de Organizações das Nações Unidas recomendou ao Brasil a descriminalização do aborto e o veto ao projeto de lei do marco temporal da demarcação das terras indígenas (PL 2.903/2023).
— A pergunta que se deve fazer é: até quando permitiremos que a nossa soberania, do Brasil, seja aviltada por aqueles que não foram eleitos pelo povo brasileiro e que impõem essa agenda, por interesses que não beneficiam o povo brasileiro? Até quando o Congresso Nacional, especialmente o Senado Federal, vai permitir essa ingerência absurda em nossa soberania? — questionou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado