Em pronunciamento nesta terça-feira (5), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) criticou o Ministério Público Federal por defender a realização do aborto por telemedicina. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, órgão vinculado ao Ministério Público Federal, informou que o posicionamento divulgado em nota técnica refere-se à interrupção legal da gravidez resultante de estupro.
Girão afirmou que o aborto é um crime no Brasil e só não deve ser punido em casos de estupro, anencefalia e risco de vida para a mãe. Além disso, destacou que a telemedicina em vários casos é aplicada com sucesso, mas não com o aborto — que, argumentou ele, pode provocar sequelas físicas e emocionais para as mães.
O senador também registrou que enviou um ofício ao Procurador-Geral da República para obter informações sobre as razões que levaram a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão a “emitir parecer tão infeliz”. Além disso, ele disse que entrará com uma reclamação junto ao Conselho Nacional do Ministério Público por entender que não se pode “extrapolar o limite constitucional do direito à vida e à saúde”.
O senador também criticou a rede de filantropia Open Society, do investidor George Soros. Segundo Girão, a fundação internacional desenvolveu uma cartilha para ensinar a abortar.
— Um amontoado de células, muita gente acha que é um pedacinho de carne, mas não é não, já está formado no período do aborto. E não é só a vida dessa criança que é destruída. A saúde da mulher fica com consequências para o resto da existência, de ordem emocional, mental, psicológica e física.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado