Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (25), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou o lobby da indústria farmacêutica. O senador lembrou que a Folha de S.Paulo teria apontado indícios de favorecimento da empresa EMS pelo governo. E que, por essa razão, ele apresentou um requerimento de informações a serem enviadas ao Ministério da Saúde.
— Em setembro, a Folha de S.Paulo divulgou uma matéria sobre os indícios de favorecimento regulatório, e possível direcionamento de políticas públicas, em benefício de um grupo econômico específico do setor farmacêutico. A matéria menciona que o Ministério da Saúde solicitou à Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] a priorização desses medicamentos, especialmente os produzidos pelo laboratório EMS.
Os medicamentos, nesse caso, são aqueles à base de análogos do GLP-1 — como as “canetas injetáveis” utilizadas para o tratamento de diabetes ou para emagrecimento.
Em seu requerimento (RQS 655/2025), Girão solicita informações “sobre a atuação do Ministério da Saúde na priorização da análise regulatória de medicamentos à base de análogos do GLP-1 pela Anvisa, bem como sobre eventuais vínculos institucionais, técnicos ou políticos com o laboratório EMS”.
— Fiz um requerimento de informações, em setembro, com 18 perguntas para que o ministro da Saúde esclareça tudo isso e nos dê respostas precisas sobre essas questões. (…) Soube agora que esse pedido de informações nem sequer saiu do Senado. Está na mão de um colega, relator da matéria, que é da base do governo, que não deliberou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
