Em cerimônia no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (25), a Caixa Econômica Federal anunciou uma nova linha de crédito com juros menores para as Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. Também foi anunciada uma pausa de até seis meses no pagamento das parcelas de contratos de crédito existentes.
As medidas buscam apoiar as 1.651 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de todas as regiões do país.
O Presidente Jair Bolsonaro disse que as medidas apoiam as instituições e também são um reforço no combate à Covid-19. “O endividamento das Santas Casas com a Caixa é um pouco grande e os juros um pouco alto, ou muito alto para eles que pagam. Hoje, a Caixa apresenta soluções para isso e também uma nova linha de crédito para outras Santas Casas, com juros lá em baixo.”
“Isso ajuda, e muito, caso as Santas Casas entendam que possam contrair esses empréstimos com juros bastante módicos e carência longa, melhor atender a população de maneira geral, em especial nossos vitimados pela Covid-19”, completou.
Nova linha de crédito
A nova modalidade Caixa Hospitais Pós, anunciada nesta quinta-feira, tem taxa pós-fixada de 0,29% ao mês mais CDI (6,3% ao ano), sendo a taxa 42% menor em relação às atuais.
Os recursos podem ser utilizados para investimentos ou para compor fluxo de caixa, com carência de até seis meses para pagamento da primeira parcela. Também foi ampliado o prazo de pagamento de 84 para 120 meses.
De acordo com a Caixa, ao oferecer a linha de crédito e demais medidas para todas as Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do país, a intenção é fazer com que 189 mil leitos se beneficiem.
Pausa no pagamento
As entidades podem solicitar pausa nas operações já contratadas do Caixa Hospitais, Caixa Giro SUS e Caixa Hospitais FGTS. Atualmente, a Caixa tem emprestados R$ 3,4 bilhões para 286 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos.
Medidas de enfrentamento à Covid-19
Durante o discurso, o Presidente Jair Bolsonaro lembrou as medidas do Governo para amenizar os efeitos do novo coronavírus. Segundo ele, foi executado o maior programa social do mundo, com o Auxílio Emergencial, que atendeu 68 milhões de pessoas, em grande parte aqueles que viviam na informalidade. O chefe do Executivo lembrou que, em abril, iniciará uma nova rodada de pagamento do auxílio.
O Presidente citou ainda que o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) está em vias de ser posto em prática pela segunda vez, assim como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
“É nas dificuldades que um governo mostra sua força. O ano passado foi muito difícil para todos nós. Vida e emprego, essa foi uma preocupação do nosso Governo desde o início da crise”, afirmou.